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A SAUDADE JAZ
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Nasci pra viver,para poder e não querer,para sofrer pela lonjura do nosso afastamento.Pra ser um coração errante,tão grande e tantas vezes amante e tão míseras vezes amado.Nasci para ser a lufada de ar de Norte, para mover-te o destino e mudar-te a sorte.
Substituamos o metaforismo,deixemos de parte os salutares pensamentos melancólicos, vivamos em lugar de pensar, e cantemos em vez de chorar."Pensar incomoda como andar à chuva", mas o facto é que há quem adore andar à chuva.Só Penso e rezo pelos outros,só choro e guerreio pelos outros.Sobrevivo porque há sempre alguém que também pensa,reza, chora e guerreia por mim. E o que era eterno acabou connosco,e a saudade jaz onde o fado jamais se desfaz.Ai coração. Autoritário, salutar, Oh meu coração, meu ser alífero ferido na asa.