sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

___________________
GRITO DO "HOMEM-CHÃO"
___________________

Faísca da irreverência de continuar fugindo do que é palpável, certo e derradeiro decidi cair pelo chão incerto e labirintico desse meio mundo a conquistar.
Chão, chão, chão! Ó chão duro e frio atenuado por bunkers de papelão. Bicho cinzento que dorme ao relento nesse beco que evitas olhar. Para vós, eu não sou nada mais que um cancro que a vossa vontade vai ousar gastar. Nada mais que algo a espezinhar, uma indolente criatura, que a inópia se lembrou de inventar. A ferramenta dos cínicos e dos mentirosos, reflexo superior da falta de vergonha e de pudor dos ociosos individuos de fato a quem chamas de senhor.
Pois então, do chão vos exorto que sou dos que pisam mas que resistem, porque por vezes a cama muda e os vizinhos também, mas a minha liberdade não! A liberdade foi feita para ser conquistada e eu só estou aqui porque não fui capaz de conquistar nada. Sou um fruto podre da miséria da condição humana, rebento da sociedade das máquinas e manipulações, das chaminés de fumo e dos insanos corações que batem por tudo e param por nada.
 

Copyright 2010 Limite quando a loucura tende para mais infinito!.

Theme by WordpressCenter.com.
Blogger Template by Beta Templates.