Para os outros,
coração frio
é tempestade na boca.
Furacão vazio
e esperança pouca!
Para os outros,
promessas são castigos
ajoelhados de fé.
Dívidas ancoradas no tempo,
de indigentes inábeis
de transformar tormentos
em resistências.
Para os outros,
podemos ser apenas
a esperança que resiste,
o fim mudo que não desiste.
Para os outros,
podemos ser tudo,
mas não seremos nada
se não dermos o corpo às balas.
Para nós, será apenas o risco a correr,
a saudade, o choro e a certeza
deste bem-querer.
Seremos os braços abertos
e o coração na luta.
Seremos o "sim"
desta espera tão útil,
nesta renúncia ao fútil
que seria anunciar o fim.
Assim,
serei hoje o choro,
amanhã saudade e depois a luta.
Um dia serei regresso
e é só isso que te peço:
- Luta por nós!
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
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